Autoconhecimento

Ter conhecimento de si mesmo exige que aconteça um processo vivencial de um engajamento pessoal em estudar e observar a si mesmo. Não é algo apenas intelectual. A pessoa não fica apenas na teoria sobre as coisas. Ela precisa se observar, precisa se avaliar, refletir e exercitar atitudes. Processo que acontece ao longo de um tempo e não se dá em um único dia apenas, vai acontecendo ao longo dos dias. É estar atento para perceber incômodos e desgostos, as próprias ações, emoções, sentimentos e valores e como eles se manifestam. Sente, pensa, mas também se indaga, se observa, se pergunta, busca por compreensões. É um processo as vezes dolorido e trabalhoso, pois pode levar ao encontro de facetas desagradáveis de nós mesmos. Autoconhecimento é envolvimento pessoal, não é algo que alguém possa dar ou impor a outro, embora alguém possa ser uma presença catalisadora do processo de se conhecer. Por isso, autoconhecimento é “autoconhecimento”, só acontece quando a pessoa acessa uma informação que brotou de conclusões que se tornaram conscientes dentro dela e assim pode compreender o sentido. A psicoterapia é um fascinante processo catalisador do autoconhecimento. O terapeuta não dá o autoconhecimento, ele facilita o processo. Não atropela, e sim acompanha. Não impõe, potencializa. É um espelho através do qual podemos nos enxergar.

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